TÁ NA HORA TÁ NA HORA

Estive hoje no V Circuito TexBrasil – Estudo de Mercados Internacionais – Alemanha e Reino Unido, que aconteceu na sede da Abit, em Higienópolis. Fiquei impressionada com duas coisas: 1) o conteúdo 2) a falta de pessoas. O evento era gratuito e estava com a sala cheia, mas era para ter muito mais gente. Diversas outros profissionais poderiam aprender algo ou se beneficiar de alguma forma com as palestras.

Geni Ribeiro, da Abit, fez um breve, mas forte discurso. “Se nós não nos posicionarmos internacionalmente, vamos desaparecer. Existe uma sede de consumo muito grande aqui no Brasil. Se colocarmos uma H&M amanhã no Piauí, no dia seguinte eles estarão faturando uma maravilha proporcionalmente a capacidade de consumo daquela população”.

Em seguida, a consultora britânica de Business Development Nikki Rowntree mostrou um panorama da indústria da moda no Reino Unido e citou quais as dificuldades que o Brasil encontra na hora de negociar com o Reino Unido. Ela também abordou a imagem do Brasil no Inglaterra, dados de consumo e o que devemos fazer para aumentar as taxas de exportação para o Reino Unido.
Deixo aqui alguns highlights:

– O Marks & Spencer controla 12% das vendas de vestuário no Reino Unido
– 10% das compras familiares são feitas online
– Londres possui a maior densidade de milionários do mundo
– A moda emprega 110 mil pessoas no Reino Unido
– 95% das roupas vendidas vem da China, Índia, Turquia, Grécia e Portugal
– Hoje, qualquer cliente britânico leva em conta a prática da ética e a cadeia de fornecedores responsável pelo o que ele está comprando
– As lojas esperam que as marcas renovem o estoque a cada seis meses
– Sobre as tendências da indústria da moda britânica, uma das maiores apostas é o design diferenciado e a aprovação de celebridades
– Há uma alta em roupas esportivas, masculinas e infantis

CONSUMIDORES PARA O BRASIL: grifes inglesas que procuram fabricação; designers britânicos e varejistas que procuram têxteis; boutiques independentes, como a Bronws, e lojas de departamento

BARREIRAS PARA O BRASIL NAS NEGOCIAÇÕES COM O REINO UNIDO

– Os fornecedores são tradicionalmente orientais
– Produção de resposta rápida vem da Europa e do Norte da África
– Os brasileiros são considerados ineficientes em relação a manter prazos
– Falar inglês é essencial
– O Brasil é relativamente desconhecido

OPORTUNIDADES

– Somos capazes de oferecer novas alternativas
– Temos fábricas modernas e bem equipadas
– O Brasil é associado a fatores que agradam, como futebol, mulheres e economia em expansão
– Temos recursos naturais e uma imagem ecológica
– Forte economia emergente
– Produzimos coisas que os britânicos não sabem, como “roupas sexies” e coloridas

O QUE OS COMPRADORES QUEREM

– Produtos que se diferenciam dos outros
– Rápido giro de mercadoria
– Aprovação da imprensa
– Criar influência e valor para o dinheiro

PRECISAMOS DE: Organização e muuuuuito trabalho. Uma vez, Nikki veio para a SPFW e, depois de ver um desfile que adorou, levou um buyer importante até a marca para comprar a coleção. A resposta que ouviram foi que eles estavam tão ocupados com o desfile que nehuma peça tinha preço. “Foi um desastre!”, ela lembra. Resultado? Compra cancelada.

“O Brasil tem um lifestyle maravilhoso. So use it”.

mais informações: www.abit.org.br

8 opiniões sobre “TÁ NA HORA TÁ NA HORA

  1. Mas era só pra imprensa-imprensa mesmo? Porque eu não vi nada sobre, em lugar nenhum, a não ser aqui! (Ai me senti super alienada!)

    Mas fiquei feliz de ler o seu post, super resumo cheio de informação valiosa. =)

  2. Nossa, que alerta!!
    Precisamos começar a agir mesmo!
    somos tão criativos… falta um parcela da pizza, ih espero que não dê em pizza. Em falar em pizza deu uma fome!! =)
    Adorei o resumo…
    que bom que você compareceu!!
    bjos!

Deixar mensagem para Jaque Cancelar resposta